Escola: onde se estimulam os talentos?

Será que o ensino actual, imaginado, pensado e estruturado para a defunta sociedade fabril ainda serve para a sociedade do Conhecimento? Os estudiosos do assunto dizem que não.

As exigências intelectuais do século XXI são diferentes daquelas que serviram (em parte) para nós, pais. Mas o pior está para vir. Dentro de 5 ou 10 anos a sociedade humana estará ainda mais mudada do que hoje. A nivel do mercado do trabalho as alterações vão continuar de forma imparável. As novas tecnologias, que terão repercussão em todos os sectores da nossa vida, vão continuar a surpreender-nos com desenvolvimentos inesperados. A ciência aprofundará, cada vez mais, domínios que hoje estão ainda numa fase de descoberta.

A velocidade vertiginosa de transformações que estão a ocorrer nos países ocidentais, muito marcadas pela globalização e o desenvolvimento tecnológico, fizeram disparar os estudos sobre o futuro a médio prazo (5 a 15 anos) por parte de muitos governos e grandes empresas que pretendem colher o máximo de informações que lhes permitam estar preparados, com a maior antecipação possível, para os novos desafios ditados pela sociedade da Informação.

O tempo em que as mudanças sociais, económicas e tecnológicas ocorriam a um ritmo que permitia fazer previsões com algum nível de certeza quanto aos cenários futuros terminou. A velocidade tenderá a aumentar mais ainda e algumas coisas se sabem já. Uma delas prende-se com o trabalho. Neste sector nada será como dantes.

Os diversos estudos conhecidos alertam para o facto do ensino não estar a preparar devidamente as crianças e os jovens para o futuro daqui a 10 ou 15 anos. Há novas exigências de competitividade, talento e inteligência que não estão a ser levadas em conta. A escola actual não é compatível com a sociedade para onde está a lançar os alunos.