Para muitos estudiosos, o talento é a manifestação de uma inteligência por meio de uma ou mais habilidades com significado social expressivo.
Os cientistas dizem que o talento inato é algo que resulta
de determinadas combinações de genes. Estas combinações produzirão enzimas que
irão afetar certas estruturas cerebrais tornando-as maiores e com mais conexões
entre os neurónios. Será assim que certas crianças se apresentam como prodígios
desde tenra idade.
Seja como for o talento envolve geralmente as seguintes
aptidões:
- elevada inteligência em uma ou mais habilidades;
- forte motivação;
- espírito criativo;
- alta curiosidade;
- persistência;
- perfeccionismo;
- capacidade de realização e concretização.
Carolina Hehenkamp, professora e terapeuta holandesa,
defende que o talento só adquire o seu verdadeiro significado quando "se
converte em algo concreto".´
Já no século XIX, Nietzsche, falou em
"virtuosidade" como a capacidade de execução, pilar do talento.
Geralmente, o talento surge em idade precoce mas muitas
vezes as pessoas só o reconhecem (em si mesmas) mais tarde quando despertam
para uma vocação e se sentem no contexto e na época certa.
As áreas de talento são praticamente todas mas os
especialistas referem habitualmente as seguintes:
- talento artístico (escrita, artes plásticas, artes
cénicas, música, etc.);
- talento para liderança;
- talento científico;
- talento cinestésico (habilidades manuais e corporais);
- talento desportivo;
- talento matemático;
- talento social;
- talento criativo.
O economista Geoff Colvin alerta, porém, para o facto de
que "o talento não tudo" (título do seu próprio livro dedicado ao
tema).
Referindo-se aos desempenhos excepcionais, Colvin diz que
ter talento não chega; é preciso muita aprendizagem e treino bem sucedido e
intensivo (aquilo que ele chama de "prática deliberada"). Ou seja,
não é o talento ou o trabalho que conduzem à perfeição mas antes um esforço
altamente focalizado visando melhorar até aos limites "impossíveis"
do possível.
Consta que são precisas 10 mil horas (cerca de 10 anos) de
prática deliberada para que se passe de um desempenho muito bom para um
desempenho excepcional. O que, diga-se, não está ao alcance de todos porque
exige entrega e dedicação constantes.
A verdade é que vivemos num mundo em que o saber e o talento
são cada vez mais valorizados. Não é por acaso que chamam à nossa época a Era
do Conhecimento, a Era da Inteligência, a Era da Criatividade, etc.
Nelson S Lima
Nelson S Lima